Aparentemente a confecção do Jack o’ Lantern, aquela ábobora com rosto do Halloween dos EUA já era bem comum em Portugal bem antes dos americanos adotarem o hábito, por volta do século XIX. Em Portugal, o Jack o’ Latern seria chamado de Coca (ou Côca, do sexo feminino) ou Coco (ou Côco, masculino), que no Brasil virou a… Cuca (que a gente associa com a bruxa do Monteiro Lobato).
A abóbora é da América, mas parece que os portugueses adotaram ela assim que puderam: “A representação da coca, com uma abóbora iluminada, faz parte do património imaterial galego-português. Na Galiza é tema na festa das caliveras, ou samaín, e assume vários nomes: calacús, caveiras de melón, calabazotes, colondros etc.” Da wikipedia.
Mas se a Cuca aqui virou basicamente uma bruxa (com rosto de jacaré de cabelos loiros), em Portugal podia ser também uma espécie de bicho-papão, inclusive canibal (a galera que não brincava na hora de assustar crianças).
Parece que a Coca ou o Coco são de origem dos povos celtas que também povoaram a Península Ibérica (e acho que são os mesmos que foram para as ilhas que formariam a Grã-Bretanha e Irlanda). O Jack o’ Lantern americano tem raízes irlandesas.
Confesso que achei a Coca bem assustadora.

Comentário do Sávio, colega da internet e morador de Paracambi (RJ), sobre o assunto:
“Eu lembro enquanto criança no meu bairro, de colocarmos velas dentro de mamões verdes, num terreno perto das nossas casas, para fazer este tipo de brincadeira de dar sustos nas pessoas. Isto muito antes de sermos expostos ao Charlie Brown, grande abóbora e quelais.
Aprendemos a zoeira com nossos pais e avós .
Ou seja , agora faz sentido mesmo.”
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